segunda-feira, 11 de janeiro de 2021

2010

 

Fonte: Google/Divulgação. The a Word. 

O sonho de quase toda criança é deixar de ser criança, mas se estas soubessem o quão maravilhoso é viver em um mundo onde a maior preocupação é escolher com qual brinquedo 'brincar', jamais pensariam de tal forma. 

Ao chegar à adolescência, começam todas as mudanças, o corpo muda e com ele, o mundo todo a sua volta. Começa então os sonhos, os desejos, as vontades, trazendo também muitas dificuldades, dificuldades estas que colaboram para o crescimento e desenvolvimento da pessoa, do ser. Crescer dói, crescer não é fácil, e mesmo sendo clichê, é necessário. 

Talvez o maior problema da adolescência seja esse: você não é tão maduro assim pra tomar certas decisões, mas também não é uma criança, tem juízo pra não fazer coisas sem pensar, ignorando as consequências. 

Já no estágio adulto, você acredita que tudo tem um porquê, que são fases, porque você já passou por muita coisa ruim, então acha que isso logo vai passar também, mas ainda assim, você não consegue não se desesperar diante de alguma situação. Então você tenta evitar o inevitável, e mesmo com toda a sua experiência de vida, você ainda não entendeu que esse tipo de coisa não se pode controlar, faz parte da vida, faz parte do processo, do ciclo e que não depende só você. E não há quem culpar, as coisas simplesmente acontecem. 

Seria ideal se a vida funcionasse como os sinais tipográficos, onde pudéssemos saber quando e como se deve usar o ponto final, a vírgula ou os demais personagens da língua portuguesa, por exemplo. Mas independente disso, é preferível chorar um pouco, sabendo que um dia vai passar, do que chorar todos os dias, cometendo o mesmo erro. Talvez crescer seja isso, podar-se, abrir mão e seguir a vida.

"Faço o possível para escrever por acaso. Eu quero que a frase aconteça. Não sei expressar-me por palavras. O que sinto não é traduzível. Eu me expresso melhor pelo silêncio. Expressar-me por meio de palavras é um desafio. Mas não correspondo à altura do desafio. Saem pobres palavras." Clarice Lispector