sexta-feira, 18 de novembro de 2016

Carpe diem: No Tomorrow

Diferente do gênero abordado semana passada, embora a gente  tente não falar sobre, manter-se longe da comédia, do drama, dos gêneros afins, não tem jeito, este gênero sempre nos persegue.

Evie (Tori Anderson) e Xavier (Joshua Sasse), em No Tomorrow
E na leva de séries estreantes da CW, sendo a única novata de comédia temos No Tomorrow, uma série com um enredo simples, é uma comédia é baseada em uma produção brasileira, sendo um remake da série global de dois mil e doze, “Como Aproveitar o Fim do Mundo”, escrita por Fernanda Young e Alexandre Machado, e protagonizada por Alinne Moraes e Danton Mello. 

Diferente da série global, No Tomorrow se passa nos dias atuais, logo que em dois mil e doze havia a famosa profecia Maia, onde estes acreditavam que o mundo acabaria no dia vinte e um de dezembro daquele ano. No Tomorrow se inicia apresentando Evie, personagem de Tori Anderson, com um jeito todo atrapalhado trabalha sem nenhuma perspectiva em uma loja de departamentos, onde sua falta de influência é compensada por seu excesso de esperança. Evie tem sua vida virada ao avesso quando conhece Xavier, personagem de Joshua Sasse, um hipster que acredita que mundo acabará em oito meses – e doze dias.

Escrita por Corinne Brinkerhoff e produzida por Ben Silverman, a série além de Joshua e Tori, consta em seu elenco nomes como Jonathan Langdon, Sarayu Blue, Jesse Rath e Amy Pietz.

Como em toda comédia romântica, vemos o clichê do triângulo amoroso, onde a personagem Evie tem um namorado, antes de conhecer Xavier, Timothy, vivido por Jesse Rath, aquele personagem nerd que cativa com sua calmaria e inocência, e é exatamente aí que nasce o primeiro confronto da protagonista onde a mesma não sabe se decide por uma vida certinha e estável com o doce Timothy ou aproveitar o “fim do mundo” com o intenso e maravilhoso Xavier. Não desejamos ser a Evie neste momento. 

No Tomorrow segue na contramão de Como Aproveitar o Fim do Mundo, logo que na versão brasileira, quem acredita que o fim do mundo está próximo é a personagem de Alinne Moraes, que acredita fielmente que o mundo acabaria no dia doze de dezembro de dois mil e doze, 12/12/12, e não no dia 21, como os Maias previram, tirando dos eixos o personagem de por Danton Melo. Em No Tomorrow, o lunático da história é o personagem de Joshua, que acredita ter descoberto um asteroide que irá colidir com a terra, levando a personagem de Anderson e embarcar em sua jornada.

Katia (Alinne Moraes) e Ernani (Danton Mello), em Como Aproveitar o Fim do Mundo
Em No Tomorrow, Xavier leva a vida aproveitando cada dia como se não houvesse um amanhã, seguindo uma lista, “apocalista”, com coisas que, segundo ele, precisam ser feitas antes que o cometa atinja a terra. Mesmo sendo dono de uma beleza exuberante e estonteante, ainda que convencendo Evie a seguir seu estilo de vida, aderindo a uma “apocalista” também, Xavier não consegue deixar de parecer um lunático para a personagem de Anderson. 

O principio da série é simples, ela te leva para o universo dos protagonistas, onde você se questiona o que faria da vida se soubesse o tempo restante que você teria, suas escolhas e afins. A química entre os personagens é singular, não tem como não se apaixonar, 

Se o remake seguir fielmente a produção brasileira, acreditamos que a série não será renovada, tendo sua história encerrada na primeira temporada, logo que a série global teve apenas oito episódios. Considerando também a baixa audiência que a série vem tendo. Até porque não tem como arrastar a marca temporal de oito meses em duas, três temporadas. No Tomorrow terá treze episódios na primeira, e até então, única temporada, mas como se trata de CW, tudo pode ser possível, não é mesmo?

Por hoje é isso, e se o mundo não acabar, até mais, gente.


"Faço o possível para escrever por acaso. Eu quero que a frase aconteça. Não sei expressar-me por palavras. O que sinto não é traduzível. Eu me expresso melhor pelo silêncio. Expressar-me por meio de palavras é um desafio. Mas não correspondo à altura do desafio. Saem pobres palavras." Clarice Lispector