sexta-feira, 11 de novembro de 2016

Sombria e obscura: Outcast!

Não é uma nenhuma sexta-feira treze, é onze na verdade, mas seguindo uma linha diferente da maioria dos gêneros abordados aqui no Blog, e ainda na vibe de terror e/ou suspense como American Horror Story, cá estamos nós novamente expondo nossa personalidade gótica e obscura, abordando sobre a estreante série da Cinemax e também da FOX, criada por Robert Kirkman, a dona de um piloto extremamente apavorante em cinquenta e quatro minutos: Outcast. Que nada mais é uma que uma adaptação da série de quadrinhos, seguindo fielmente diga-se de passagem, que leva o mesmo nome. A série foi oficializada lá em 2014, mas somente em junho deste que ela tornou-se real oficial. O episodio piloto foi disponibilizado gratuitamente antes de sua estreia por meio da Fox Play, no canal oficial do YouTube da Fox e até mesmo na própria Fanpage oficial.


A série leva como enredo a vida de Kyle Barnes, um homem atormentado por forças malignas desde sua infância, o sangue de Jesus tem poder. Tais eventos tiraram a sua paz e sossego desde sempre, afetando a vida daqueles que o rodeiam e já adulto traumatizado e afastado de sua família, o personagem vivido por Patrick Fugit, vive em reclusão, longe de tudo e de todos, tendo contado apenas com sua irmã adotiva, Megan. Nos primeiros segundos do piloto, nos deparamos com uma criança, Joshua, que está possuído por um demônio, agir de forma grotesca e até peculiar, e é exatamente aí que temos o ponto inicial da série. Então Kyle, acaba se envolvendo com o caso, juntamente com o Reverendo da região, já que isso também aconteceu anos atrás com sua mãe, Sarah e sua esposa, Allison. 

Depois do ato presenciado juntamente com o Reverendo, Kyle finalmente inicia sua jornada espiritual, aceitando que possui uma maldição em sua vida e parte atrás de respostas e origem da mesma, indo à busca da verdade de sua existência. 

Pois muito que bem, Outcast é uma série de difícil compreensão, ou como diria Inês Brasil: eu nem entendi um pouco direito, desculpa. O que é a série nos passa é que Barnes não é um personagem fervoroso religioso, mas que ainda é perseguido por demônios e que de certa forma consegue expulsá-los. No meio da temporada é revelado que ele faz parte de um plano. Mas tá, que plano é esse? Olha, se a gente soubesse, mesmo sendo spoiler, a gente falaria. O último episódio da temporada foi ao em agosto, e assim como foi o início da temporada, a season finale foi uma explosão de mistérios deixando algumas pontas soltas para a segunda temporada, que foi renovada antes da estreia da série, prevista para 2017.

"Outcast tem sido um projeto que tenho feito apaixonadamente por muitos anos. Ver ele tomar forma desse jeito tem sido emocionante para mim. É maravilhoso fazer tudo isso no Cinemax, que nos dá uma liberdade criativa que chega a me assustar de vez em quando." Robert Kirkman

Outcast, além de Fugit também consta com nomes como, Reg E. Cathey, Julia Crockett, Wrenn Schmidt e Kip Pardue. E uma das coisas que mais nos chamou a atenção, além das brilhantes atuações, é a forma que o suspense foi construído. Como por exemplo, as cenas das possessões, obviamente. A gente confessa que sentiu aquele medinho gostoso. A série é um prato cheio para quem curte o gênero, com altos disparos de referências, cheia de mistérios, com uma atmosfera sombria e suspense na medida certa.


"Faço o possível para escrever por acaso. Eu quero que a frase aconteça. Não sei expressar-me por palavras. O que sinto não é traduzível. Eu me expresso melhor pelo silêncio. Expressar-me por meio de palavras é um desafio. Mas não correspondo à altura do desafio. Saem pobres palavras." Clarice Lispector