sexta-feira, 14 de abril de 2017

Séries que não entendemos um pouco direito

Sabe aquela série que todo mundo comenta, que tem vários pontos na audiência, que o roteiro é poderosíssimo como a espada de um samurai, mas que por algum motivo, parafraseando a rainha e dona da internet brasileira, Inês Brasil, a gente não entendeu um pouco direito? Aquela que seja no meio ou no final da temporada, que as coisas vão se esclarecendo em nossa mente – ou não, acontece. Pois muito que bem, no post de hoje iremos compartilhar três séries, sem muitos spoilers, da atualidade, muito bem produzidas e com seus contextos de alta complexidade, séries que são uma mistura de "não entendi" com "quero mais". 


E se é pra falar de série que a gente gosta, mas que custou a entendermos, não poderíamos deixar de fora a nova aposta de ficção científica da Netflix: The OA. A série se desenvolve sobre a vida de Prairie, interpretada por Brit Marling, uma moça com deficiência visual que estava desaparecida há um tempo, e que após ter um vídeo vazado na internet volta para casa, misteriosamente enxergando. Praire se auto intitula como OA, e após recusar contar o que aconteceu durante os anos que esteve fora, como recuperou sua visão, conhece uma galera, e monta uma equipe de cinco moradores da cidade, com quem ela se abre e aos poucos vai revelando e explicando tudo o que aconteceu, por fim pedindo ajuda e os treinando, para que juntos possam atrás de outras pessoas que também estão desaparecidas. O elenco da série conta com nomes como Emory Cohen, Phylliss Smith, Patrick Gibson, Brandon Perea, Brendan Meyer, Ian Alexander e Jason Isaacs. A série estreou em dezembro de dois mil e dezesseis, e foi renovada no dia oito de fevereiro desse ano. 



Outra série que nos fez pensar bastante é estrelada por um brasileiro: Rodrigo Santoro, o que já um dos motivos pra gente assistir e indicar, né? Além do brasileiro, a série da HBO, outro motivo pra assistir, tem em seu elenco Anthony Hopkins, Evan Rachel Wood, Thandie Newton, James Marsden e Ed Harris. Westworld se desenvolve em um parque temático para adultos, simulando o Velho Oeste, onde os visitantes, os humanos, podem interagir com os androides, os anfitriões, tecnologicamente avançados. Os visitantes podem interagir com os anfitriões da forma que quiserem. Com um plot twist bastante diferente do que estamos acostumados a assistir, a série desenvolvida por Jonathan Nolan e Lisa Joy estreou em outubro de dois mil e dezesseis e é baseada no filme homônimo de mil novecentos e setenta e três. Westworld vem sendo muito bem elogiada devido a sua audiência, em especial por seu figurino, sua história e por sua temática. A série foi renovada em novembro de dois mil e dezesseis, com a segunda temporada prevista para estrear em dois mil e dezoito. 



Depois de assistir tanta série do universo DC, a gente precisava dar um espaço pra uma da Marvel, até mesmo pelo reboliço que a nova série da FX vinha causando na internet, antes mesmo de sua estreia. Fugindo totalmente das propostas das séries da Marvel, de heróis e tudo mais, Legion acompanha a vida de David, interpretado por Dan Stevens, filho do professor Charles Xavier, do X-Men. David é um jovem perturbado, paciente de uma instituição psiquiátrica, diagnosticado com esquizofrenia. Em grande parte, quase todos os episódios são confusos, justamente por estarmos vendo pela percepção do protagonista, o que no geral é uma bagunça, o que confunde ainda mais a cabeça do telespectador. Não é uma série que a gente recomenda assistir quando se estiver com sono. Por mais confusa que seja, Legion prende a atenção dos telespectadores, seja por sua história, pela atuação do elenco ou por seus efeitos visuais. Tanto que a serie criada por Noah Hawley estreou em fevereiro e foi renovada um mês depois da sua estreia. Além de Stevens, consta no elenco da série nomes como Rachel Keller, Aubrey Plaza, Bill Irwin, Jeremie Harris, Amber Midthunder, Katie Aselton e Jean Smart.


"Faço o possível para escrever por acaso. Eu quero que a frase aconteça. Não sei expressar-me por palavras. O que sinto não é traduzível. Eu me expresso melhor pelo silêncio. Expressar-me por meio de palavras é um desafio. Mas não correspondo à altura do desafio. Saem pobres palavras." Clarice Lispector