sexta-feira, 16 de dezembro de 2016

Dividindo opiniões: Supermax


Depois de quase três meses após seu lançamento, na última terça-feira (13/12), finalmente o público pôde tomar conhecimento sobre o desfecho da série de terror/ação/suspense da Rede Globo, Supermax. Criada por José Alvarenga Jr, Marçal Aquino e Fernando Bonassi, a série se inicia como um reality show que se passa em um presídio de segurança máxima, localizado em meio a Floresta Amazônica. Com doze participantes, fazendo sátira do reality mais famoso da maior emissora de TV do país, Supermax seguiria pelo mesmo caminho, com os participantes sendo respectivamente eliminados semanalmente, com provas e um prêmio avaliado em dois milhões e tudo mais. E seguindo essa premissa de reality, nos primeiros minutos do piloto, o público já começa a ter uma noção sobre as personalidades dos participantes, se identificando ou não com os mesmos. 

Neste reality show, os doze participantes tem algo em comum: todos os personagens possuem um passado vergonhoso, onde foram julgados por alguma espécie de crime que tenham cometido, e este é o motivo dos mesmos irem parar no reality, com o intuito de se redimirem por seus problemas com a justiça, além do dinheiro, claro.

Com previsão de estreia em outubro de dois mil e quinze, por motivos x, y ou z, a série foi ar onze meses depois. Fazendo a linha Netflix, a Rede Globo disponibilizou, por meio de sua plataforma de streaming, o Globo Play, os onze primeiros episódios da série no dia dezesseis de setembro. A veiculação na TV deu início no vigésimo dia do mesmo mês.

Em seu elenco constam nomes como Mariana Ximenes, Cléo Pires, Erom Cordeiro, Maria Clara Spinelli, Ravel Andrade, Vânia de Brito, Mário César Camargo, Ademir Embroava, Rui Ricardo Dias, Fabiana Gugli, Bruno Belarmino e Nicolas Trevijano. 

Já no segundo episódio da série, a mesma vai perdendo totalmente a temática de reality, literalmente, e os personagens se veem abandonados pela produção do programa, e é a partir daí que a temática sobrenatural começa a tomar conta da série. Como por exemplo, toda a produção do programa desaparecer misteriosamente, deixando os doze personagens abandonados à própria sorte. Eles vão de Big Brother Brasil a No Limite, de uma produção a outra em questão de minutos.

Como sempre, a Globo causou e ousou em além de usar, como já foi mencionado, como tema um conceito que ela mesma vem trabalhando desde os inicios dos anos dois mil, se baseando no Big Brother Brasil, usando o próprio Pedro Bial, mas também com o misticismo, o sobrenatural, a religiosidade, a sexualidade, enfim, Globo ousando sem ver a quem. 

Os onze primeiros episódios dividiram bastante a opinião do público e dos principais críticos do país. Confessamos que fomos assistir a série por curiosidade e fomos surpreendidos, a série no geral foi muito bem escrita, a fotografia da série é sensacional, sem mencionar que a atuação do elenco foi espetacular. A escolha do elenco foi maravilhosa.

Sobre o desfecho que a história teve, assim como a de Lost, citando Inês Brasil: não entendemos um pouco direito. Mas é aquele ditado: vamos fazer o que? O final não ficou claro se a série terá uma continuidade ou não, ficou uma incógnita. Mas é isso, pra quem gosta das temáticas abordadas aqui, de cenas fortes  e pesadas, Supermax é um prato cheio. Dá uma chance aí!

"Faço o possível para escrever por acaso. Eu quero que a frase aconteça. Não sei expressar-me por palavras. O que sinto não é traduzível. Eu me expresso melhor pelo silêncio. Expressar-me por meio de palavras é um desafio. Mas não correspondo à altura do desafio. Saem pobres palavras." Clarice Lispector